terça-feira, 17 de março de 2009

1905 - O ano do milagre

Quem nunca ouviu falar em Albert Einstein? Seus feitos, idéias revolucionárias, suas teorias, sua cabeleira branca, seu olhar maroto? Como muitas personalidades da nossa história já ouvimos falar sobre seus feitos e suas realizações.

Sábado, 14/03, assisti a um documentário sobre sua vida e obra no History Channel. Normalmente sua biografia descreve quão polêmica foi sua revolução no pensamento vigente na época, seu prêmio Nobel, suas viagens pelo mundo e como se tornou tão popular quanto um astro de rock. A reportagem mostrou o lado humano de Albert Einstein.

Einstein se achava uma pessoa abaixo da média. Considerava-se um fracassado e chegou a questionar se teria ou não valido a pena ter nascido. Seu pai morreu concordando com isso. Porquê? Porque ele pensava demais, refletia muito e queria entender a fundo como as coisas funcionavam. Quando era criança ganhou uma bússola e passou horas admirando o ponteiro que sempre apontava o Norte, fascinado com o que via. E ele tinha apenas 5 anos na época.

Pensou em vender seguros e foi trabalhar como auxiliar de patentes, pois não conseguiu colocação como professor. E isso fez com que ele tivesse tempo para pensar muito e escrever 4 artigos com teorias totalmente revolucionárias. Um deles sobre a existência do átomo e outro sobre a luz e fótons, todos publicados em 1905. Foi por causa deste último artigo que ele ganhou o Nobel e não sobre seus trabalhos referentes à Teoria da Relatividade.

Ele acreditava tão piamente que seria agraciado com um Nobel que negociou seu divórcio com a primeira esposa prometendo a ela o prêmio integral como forma de pensão. E cumpriu o prometido quando o recebeu.

Mas nem tudo são flores. Ele teve que amargar anos de espera e ansiedade até que um cientista de renome, Max Planck, acreditasse no seu valor e publicasse seus artigos. Einstein nunca desistiu até ver seu trabalho reconhecido.

Quantas vezes em nossas vidas não temos paciência de aguardar alguns dias ou semanas por um resultado para coisas muitas vezes banais? Ele teve paciência de esperar anos por algo que revolucionaria a face da Terra e a história do homem.

Quando precisou provar sua teoria sobre espaço-tempo, afirmando que os corpos celestes podiam curvar o espaço ao seu redor e até desviar a trajetória de um raio de luz ele se viu diante de uma dos seus maiores desafios: criar um experimento que mostrasse que ele não estava delirando ao desafiar o universo Newtoniano.

Para isso ele precisava apenas de algumas coisas: um raio de luz, um corpo de massa descomunal, uma foto antes e outra depois. A solução seria observar um raio de luz passando pelo Sol atingindo a Terra e sendo fotografado. Parece fácil hoje, mas no começo do século 20 isso era uma tarefa hercúlea. Envolvia custos altíssimos, equipamentos de última geração, disposição política, planejamento durante meses, expedições a lugares longínquos e perigosos, transpor territórios em guerra. E depois de tudo isso, ainda analisar os dados obtidos e comprovar sua teoria. Sem computadores!

Quantas vezes em nossas vidas deixamos de lado um projeto ou idéia porque os obstáculos parecem intransponíveis? Sendo que muitas vezes bastam algumas noites sem sono, um pouco de economia, dedicação, convencer algumas pessoas ou fazer algumas horas extras?

Quando você lê algo sobre um gênio ou celebridade que chegou ao topo qual é seu pensamento?

"O que ele tem que eu não tenho? Porque ele e não eu? Tudo é fácil para
alguém como ele!".

Ou então:

"Quero ser como ele! Vou lutar para alcançar meus objetivos! Eu também posso chegar lá!".

Sua resposta define sua postura diante da vida.


Esta é uma foto da época do prêmio Nobel. A primeira é mais conhecida, dos seus últimos anos de vida.

2 comentários:

Unknown disse...

queria mto ter assistido,mas,n/foi possível. vc porém,fez uma ótima esplanação. obrigada, amigo... cotinue... lindo ! Ana

Adriano Costa disse...

Muito bom! Parabéns pelo blog e pela visão ampla! Agora que conheço o caminho, visitarei mais vezes seu blog. Abraço! Adriano Costa