sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Jacu

Ele gosta de chamar os outros de Jacu. E chama a si próprio de Jacu muitas vezes. Para alguns, Jacu é simplesmente um pássaro exótico das matas brasileiras. Para outros carrega uma denominação pejorativa para "caipira" ou "sujeito simplório".

Meu pai não é um pássaro. Apesar de ter alçado ao longo de sua vida vôos altos para um simples Jacu nascido em um bairro pobre próximo a Sete Barras onde não havia água, luz ou sequer ruas asfaltadas. Foi criado por um homem igualmente simplório, pois perdeu cedo a sua mãe. Ele se considera ainda hoje um Jacu, não o pássaro, mas o sujeito simplório. Porém já fez nesta vida muito mais que muito sujeito que anda por ai de nariz empinado e se considera tudo, menos simplório.

Meu pai é um sujeito exemplar que ama demasiadamente seus filhos e tem muito orgulho deles. Ele tem um pouco de dificuldade de demonstrar esse amor que sente, mas todos sentimos esse imenso amor. E podemos dizer que o orgulho é mais do que recíproco. Orgulho por ter um pai honesto, trabalhador, batalhador e que fez dos limões que a vida lhe trouxe várias limonadas.

Ele é um ser humano como tantos outros: tem defeitos e qualidades. Estou aqui para testemunhar pelas suas qualidades. Um homem que soube lutar contra a maré e fazer de sua vida um exemplo a ser seguido. Conquistou ao longo dessa caminhada muitos amigos e logicamente alguns desafetos.

Pai, obrigado por me fazer parte de sua vida. Obrigado pelos ensinamentos, pelas lições de vida, por puxar minha orelha quando viu que eu estava errado, por demonstrar orgulho nos seus olhos quando acertei, por me apoiar em tantas decisões que tomei.

Obrigado por amar a mim e à nossa família. Obrigado por lutar e se preocupar conosco. Por defender suas crias tão ferozmente.

Que sua vida seja um exemplo para outros pais.
Que eles também tenham a coragem de ensinar sem nunca levantar a mão a não ser para dar carinho.
Que eles levantem a voz apenas quando somos surdos aos seus avisos.

E que possam um dia olharem seus filhos nos olhos com orgulho e de cabeça erguida sabendo que fizeram o melhor que podiam por eles.

Te amo e admiro profundamente!

Fácil ou difícil?

É fácil amar você...
porque em seus olhos sinto uma pureza que toca fundo em meu coração. Esta pequena mas intensa lembrança me causa dor já que não vejo seus olhos já há algum tempo. Isso me lembra que...

É difícil amar você!
Porque existem tantas barreiras entre nós que eu penso em desistir antes de haver tentado. São barreiras altas, mas não são intransponíveis. Elas podem ser derrubadas. Basta querer. Isso me recorda que...

É fácil amar você!
Porque você tem uma sensibilidade que é rara hoje em dia. Você está em um nível que as pessoas comuns não entendem. Não entendem porque se distanciaram ou porque tem medo de serem consideradas fracas. É verdade. Geralmente sensibilidade é confundida com fraqueza. Isso me lembra que...

É difícil amar você!
Porque as pessoas confundem os sentimentos dos outros com opiniões formadas e incutidas em seu ser desde pequenas. São opiniões calcadas no preconceito e na definição do que é certo e do que é errado. Quem pode dizer o que é certo para alguém senão ela mesma? Mas as pessoas não agem assim. Pré-julgam, opinam e questionam sem antes pensar seriamente no que dizem. Isso me lembra que...

É fácil amar você!
Porque este amor é puro e a pureza deste amor pode vencer o preconceito, pode mudar opiniões, pode redefinir o que é certo e o que é errado. Como pode um amor ser considerado errado se ele tem o poder de levar duas pessoas ao encontro da felicidade? Isso me lembra que...

É difícil amar você!
Porque as pessoas têm medo de serem felizes. Porque ser feliz implica em sérias responsabilidades, o que nem todos estão dispostos a assumir. Querer ser feliz simplesmente é muito fácil. Porém não basta querer. Tem que se comprometer, tem que lutar. Tem que pensar no outro. Porque a felicidade de alguém que ama passa obrigatoriamente pela felicidade do ser amado. E isso me lembra que...

É fácil amar você!
Porque eu quero a sua felicidade. Toda vez que vejo um sorriso em seus lábios meu coração acelera e sorri de volta. Exulta de alegria porque você está bem. Ele também fica triste quando você está aborrecida ou desanimada. Eu quero tanto a sua felicidade que estou disposto a abdicar da minha. Sim, porque se a sua felicidade está com outra pessoa que não seja eu estou disposto a me resignar e me calar. Já passei por isto antes, posso passar de novo. Isso me lembra que...

É difícil amar você porque você é especial!
E as pessoas especiais são disputadas, justamente por não serem comuns. Algumas pessoas especiais às vezes não sabem que o são. Precisam ser lembradas, porque pela dificuldade em achar outras pessoas tão especiais quanto elas próprias acabam ficando desanimadas e tristes.

Não fique triste nem desanime!
Mesmo que seja tão difícil assim me amar porque você acha estranho este amor, não se esqueça: você é especial! Daqui a alguns anos, ao se lembrar de mim, saberá que alguém te amou simplesmente porque você existe. Não procure explicações para esse amor. Apenas sinta-o no seu coração, abdicando dos preconceitos. Ele é tão forte que eu o sinto por nós dois. Você sempre ocupará um lugar especial em meu coração...

Te amarei por todo o sempre!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

"Dr., tem jeito de arrumar um atestado?"

Sou um engenheiro e trabalho com máquinas. Máquinas não tem sentimentos (ainda - pelo menos as que eu conheci) mas também ficam doentes, tem dores súbitas ou problemas de "saúde".

Quando eu ou um dos meus amigos engenheiros é chamado para diagnosticar o que está havendo com uma máquina "doente" geralmente a situação é de extrema pressão. O nível de stress é alto, os ânimos estão exacerbados. O dono da fábrica quer que a máquina funcione logo (prejuízo a vista), o responsável pela manutenção está preocupado em não ser responsabilizado pelo problema (cabeças vão rolar) e o cliente final quer saber se o prazo de entrega será cumprido (metas de venda a cumprir).

E no meio desse vendaval nós, engenheiros, temos que conectar nossos instrumentos de diagnóstico e descobrir, após cuidadosa análise, qual o origem do problema e qual a solução mais rápida, eficiente e, se possível, de menor custo para retornar o equipamento à condição normal de funcionamento.

Não podemos errar pois a máquina pode facilmente custar milhares ou milhões e um erro seria fatal (morte certa do paciente). Não digam que estou comparando a vida humana, que para mim não tem preço, com uma máquina. Apenas estou, como bom engenheiro, usando de uma analogia para chegar ao meu argumento.

Ao final, depois de horas (algumas vezes dias) de árduo trabalho, a máquina finalmente volta a operar normalmente. Todos felizes e acaba o stress. Vamos comemorar!! A máquina, também feliz, volta ao trabalho e o engenheiro se volta para o próximo paciente, quero dizer, cliente. Isso sem ter que dar nenhum atestado para a máquina se recuperar.

Não sou contra o atestado médico. Nem sou contra os médicos, já que sou um regular frequentador de seus consultórios (viva a vida - viva o envelhecimento). Sou contra e acho um absurdo o uso inadequado e indiscriminado de um instrumento que deveria ser usado com mais rigor e critério.

Assim como o diagnóstico inadequado, baseado em suposições e que geralmente conduz a erro e a uma nova consulta, o atestado médico deveria ser algo emitido com mais critério. Afinal ele carrega a assinatura de um profissional que lutou para chegar onde está, trabalha muitas horas por semana e, para todos os efeitos, atesta tanto que o paciente está doente quanto que o médico diz que isso é verdade.

É comum (já aconteceu comigo e já ouvi vários relatos parecidos) encontrar pessoas que estão sob atestado médico se divertindo em passeios, baladas, festas e barzinhos. Engraçado como a pessoa tem disposição para passear mas não pode ir trabalhar. Como já disse antes, eu já fui testemunha e posso afirmar que é uma situação mais comum do que se imagina. E a pessoa acha que está levando vantagem, afinal ganhou alguns dias de folga remunerada e a Lei de Gerson infelizmente ainda não foi revogada.

Já experimentei problemas de saúde sérios e sei que a recuperação é um passo importante no processo de cura. Mas já voltei ao trabalho dois dias depois de uma operação bem sucedida em que não havia mais dor. Lógicamente que perguntei ao meu médico se haveria algum problema em voltar a trabalhar tão cedo. A resposta dele foi: "Se você está bem é ótimo que queira voltar ao trabalho. Trabalhar não mata e ajuda a recobrar o ânimo."

Neste momento de crise mundial, em que os empregos estão por um fio, seria interessante que as pessoas reavaliassem esta postura e quem sabe, aos poucos, vamos mudando o comportamento. É lógico que essa atitude tem que ser compartilhada pelos médicos também. Afinal, será que eles são tão generosos em conceder 5, 7 ou 10 dias de atestado para seus próprios funcionários por causa de uma dor de cabeça?

Atestado somente para quem realmente precisa!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O que tenho a dizer a você?

Escrever é um anseio que me consome,
Poder gritar aos quatro ventos meu nome,
E através desse grito minha voz fazer ouvir!
Tenho tanto a dizer neste momento,
Que as palavras inundam o meu pensamento,
E me descubro olhando o espelho a sorrir!
Acho graça naquilo que penso,
De tão óbvio me quedo suspenso,
Surpreso que alguém ainda não o tenha dito!
Resolvi então que minha voz não devo calar,
Sem receio do que isso possa causar,
Importa-me apenas que seja ouvido!
Vivemos em um mundo moderno,
Quase não se usa mais o antigo caderno,
Pois a Internet invadiu quase todos os lares!
Não que isso possa causar algum conflito,
Pois se antes aos meus eu ficava restrito,
Agora posso, num instante, cruzar sete mares!
Sou engenheiro por formação,
Empresário por opção,
E gourmet quando tenho tempo!
Gosto de filmes e boa conversa,
Dou palpites naquilo que me interessa,
E sou capaz de ouvir um bom argumento!
Se você quer comigo conversar,
Venha ao meu blog e digne-se a postar,
No seja uma marionete sem opinião!
Pode ser uma crítica sagaz,
Um elogio que nada tem de fugaz,
Peço apenas que seja de bom coração!
Algumas vezes em resposta nada terei dito,
Pois meu dia, às vezes, é muito corrido,
Tenho coisas demais a fazer!
Mas saiba que assim que a tarefa se aquiete,
Não importa a hora do dia ou da noite,
Uma resposta ou texto eu vou escrever!
Outras vezes lerão crônicas de minha autoria,
Em hora inspirada uma receita para o seu dia-a-dia,
Ou somente notícias que me chamaram a atenção!
Serão palavras com humor em leve pitada,
Se de outra autoria terão a fonte citada,
Mesmo que o tom seja de leve incompreensão!
Não sou poeta nem tenho a pretensão,
Faço isso por pura admiração,
Pois com belos textos já pude me deliciar!
Espero que gostem daquilo que vou lhes dizer,
Pois depois de refletir e muito querer,
Meus pensamentos como herança resolvi deixar!

Sejam bem-vindos ao “Blog do Pontes”!