sexta-feira, 29 de maio de 2009

Se eu fosse um congressista ... I

Sempre que eu vejo algum ato ou novo escândalo envolvendo o Congresso ou seus ilustres membros, representantes do povo brasileiro, costumo comentar algo do gênero: "Se eu fosse um deputado ou senador eu faria ou proporia isso ou aquilo".

Resolvi então colocar minhas idéias e propostas aqui no Blog. Quero esclarecer apenas que não estou em campanha por nenhum partido. Apenas quero expressar minhas opiniões e avaliar se estou sozinho ou tenho outras pessoas compartilhando meus sonhos.

Hoje, por exemplo, eu gostaria de falar sobre os pichadores. Fico extremamente decepcionado com a falta de ação dos poderes constituidos na repressão desse tipo de vandalismo. Nesse e em outros pontos sou meio Saraiva e meio Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York: Tolerância Zero!

Com os recursos tecnológicos que hoje temos à disposição eu proporia a intensificação do monitoramento em vídeo dos prédios das cidades e criaria um portal na internet onde qualquer sistema poderia ser anexado on-line. Traduzindo em bom português, se o seu condomínio ou bairro tem um sistema de vigilância você poderia entrar no portal e criar um link para seu sistema.

Toda vez que qualquer um dos sistemas captasse os pichadores em ação eles iriam imediatamente para um portal "PROCURADOS", como infratores pegos em flagrante (as imagens não mentem). Um sistema de reconhecimento facial poderia ser usado para tentar identificar cruzando os dados dos bancos de informação de escolas, governo, Detran ou qualquer outro onde houvessem fotos armazenadas.

As lojas de tinta deveriam registrar toda e qualquer venda de tinta spray com uma imagem obtida via PC com uma webcam instalada. Como deve ser feito o registro da venda de cola e outras substâncias tóxicas.

A punição tem que ser severa. Nossas cidades estão emporcalhadas por causa desses vorazes destruidores do patrimônio alheio. Nada de cesta básica. Tem que limpar a sujeira que fez, indenizar o proprietário para que ele possa repintar seu imóvel e ainda envolver os pais no processo, se os pichadores forem menores de idade.

Vândalos e pichadores tem que entender que respeitar a propriedade alheia ou pública é um princípio para quem viver em sociedade. E que existem punições graves para quem comete tais delitos.

Todo dia vejo aqui em Campinas um ponto de ônibus depredado, um orelhão destruído, retrovisores de carros no chão, paredes e muros rabiscados.

Resumindo: Pichadores e Vândalos - Fora!!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Bruno Mazzeo de novo!!

Novamente o ator e humorista faz uso de situações que não são politicamente corretas para se fazer engraçado. No ultimo domingo o tema do seu quadro no Fantástico satirizou as situações comuns à grande maioria dos mortais comuns: compra no supermercado.

Ele até que foi razoavelmente bem durante o quadro. Acabou pisando na bola no último minuto: tirou as compras do carrinho e, antes de sair, não devolveu o carrinho ao local correto e, para piorar, ainda lançou o carrinho a esmo pelo estacionamento.
Resultado: o carrinho colidiu com um carro que passava. E ele saiu de fininho, balançando os ombros e fazendo cara do gênero "fiz besteira!".

Não achei a situação nem um pouco engraçada por vários motivos:

1. Isso já aconteceu comigo e a marca do carrinho está até hoje na lateral do meu carro.

2. Incentivar as pessoas a agirem incorretamente não é engraçado.

3. O resultado poderia ser pior que um simples risco ou amassado.

Semana passada fui fazer compras em um grande supermercado aqui em Campinas e me deparei com um situação parecida: vários clientes de cara amarrada por não encontrarem carrinhos disponíveis na área adequada tendo que "caçar" um vazio pelo estacionamento. Essas mesmas pessoas (tive a pachorra de esperar para ver) terminavam suas compras e largavam seus carrinhos ao lado do carro, geralmente atrapalhando o coitado do vizinho quando este tivesse que sair mais tarde.

Tudo seria muito mais simples se todos tivessem consciência e devolvessem o carrinho no lugar correto. Mas isso já é utopia.

Se não conseguimos pela boa vontade, que tal usar um pouco de criatividade ou mexer com o bolso das pessoas? Poderiamos usar o mesmo princípio utilizado nos grandes aeroportos americanos onde os carrinhos são presos a um dispositivo que somente os libera se você depositar um moeda. Se você largar o carrinho em qualquer lugar você perde sua moeda mas pelo menos ajuda a bancar alguém (o garoto dos carrinhos, por exemplo). Porque a moeda é devolvida se você devolver o carrinho ao dispositivo. Quem assistiu ao filme "Terminal", com Tom Hanks, deve ter notado que ele usa esse subterfúgio para conseguir dinheiro para comer.

Simples e prático. Como diziam os mais velhos, "se não for por amor que seja pela dor".

Algumas vezes a situação até seria engraçada se não fosse trágica. Finalizando, houve uma vez em que caminhava até o carro quando vi um senhor retirando suas compras ao lado da minha vaga. Ele terminou, olhou para os lados e empurrou o carrinho justamente para a frente do meu carro! Eu caminhei calmamente até onde estava o carrinho, movi o dito cujo para a frente do carro do citado senhor, cumprimentei-o e sai calmamente. Ele ficou vermelho como um tomate e não se moveu enquando eu não estava bem longe (vi pelo retrovisor). Ele podia ter ido dormir sem esse vexame.

Como dizem os cavalheiros: "Um tapa de luva de pelica doi muito mais que uma agressão física".

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O errado tornou-se engraçado?

Assisti ontem a um quadro do Fantástico em que o ator e humorista Bruno Mazzeo enfrentava diversas situações corriqueiras em um shopping com uma pitada de humor.

Depois do que vi cheguei à conclusão que o estoque de boas idéias de alguns humoristas está se esgotando quando situações erradas são tratadas de forma cômica. Estou me referindo ao momento em que ele desiste de procurar vaga no estacionamento e escolhe para si uma vaga de deficiente. Na chamada do programa ele sai do carro mancando quando surge um segurança do shopping, mas acredito que o trecho tenha sido cortado após soar o alarme do revisor de plantão. Ao final da "peça" ele comenta que usou uma vaga de deficiente e que talvez tivesse que usar novamente, pois havia se esquecido de pagar a taxa de estacionamento.

Diversos estudos e teses acadêmicas já provaram o poder de persuasão exercido pela TV sobre a moral e os costumes de uma sociedade. A grande maioria das pessoas adota a moda ditada pelas novelas e comportamentos são copiados. As crianças adotam atitudes dos seus ídolos - motivo esse que levou à monitoração constante das peças publicitárias voltadas ao público infantil.

Fiquei realmente decepcionado com o que vi. Toda a estrutura da Rede Globo e sua postura e código de ética não perceberam a mensagem nociva que estava sendo passada aos telespectadores.

Já é intolerável presenciarmos ao vivo e a cores as vagas dos deficientes e dos idosos serem usurpadas constantemente sob esse mesmo pretexto: "Não encontrei vaga então peguei a que estava mais próxima!". Como declarou outro dia uma senhora em um artigo de jornal: "Os jovens fingem que estão dormindo para não cederem os assentos reservados que ocuparam indevidamente nos trens, ônibus e metrô". Esses mesmos jovens acham que permanecerão assim eternamente e que nunca serão velhos. E que sempre terão a disposição e energia que possuem hoje.

Volto a insistir neste assunto (já discutido em outro texto): os pais são os responsáveis pela educação de seus filhos. Os professores cuidam do conhecimento, da alfabetização e da cultura geral. Os pais cuidam da moral, bons costumes, ética e comportamento adequado em sociedade (mesmo que a televisão boicote os ensinamentos eventualmente).

terça-feira, 5 de maio de 2009

Gerundismo

O papel do gerundismo no dia-a-dia atingiu um patamar insuportável. As pessoas se acostumaram com o som e estão escrevendo nas mensagens eletrônicas, nos chats e programas de mensagens instantâneas.

Um amigo meu recebeu a mensagem abaixo de um corretor de seguros:

"Boa tarde, [nome]!
A respeito do seguro de vida, você pode estar, sim, fazendo a alteração dele para um plano maior.
Vou estar lhe mandando a tabela para que você possa estar verificando se quer mesmo estar alterando.
Qualquer coisa entrar em contato."

Faltou dizer "vou estar entrando em contato"!

Estar fazendo, estar mandando, estar verificando e estar alterando! Será que são apenas os meus olhos e ouvidos que sofrem com tamanha agressão verbal?

Quem determinou que devemos "estar escrevendo" dessa forma? Ou então que é "bOnItInHo" escrever alternando maiúsculas e minúsculas?

Nota-se que a cada ano que passa a escrita e a comunicação verbal vão de mal a pior. Acrescente-se ao gerundismo reinante outros erros gritantes, frases sem sentido, de interpretação dúbia ou duvidosa e uma dificuldade inacreditável para se fazer entender. Se você pedir um texto ou carta de próprio punho o mundo acaba. As pessoas estão lendo menos, estudando pouco e colecionando diplomas como se fossem quadros. E perdendo a capacidade de se comunicar ou se fazer entender.

Nem mesmo o corretor ortográfico salva a situação já que aparentemente poucas pessoas sabem que ele existe ou como usá-lo.

Será que precisamos de outra reforma ortográfica ou de uma significativa melhora na educação básica das nossas crianças e jovens?