Novamente o ator e humorista faz uso de situações que não são politicamente corretas para se fazer engraçado. No ultimo domingo o tema do seu quadro no Fantástico satirizou as situações comuns à grande maioria dos mortais comuns: compra no supermercado.
Ele até que foi razoavelmente bem durante o quadro. Acabou pisando na bola no último minuto: tirou as compras do carrinho e, antes de sair, não devolveu o carrinho ao local correto e, para piorar, ainda lançou o carrinho a esmo pelo estacionamento.
Resultado: o carrinho colidiu com um carro que passava. E ele saiu de fininho, balançando os ombros e fazendo cara do gênero "fiz besteira!".
Não achei a situação nem um pouco engraçada por vários motivos:
1. Isso já aconteceu comigo e a marca do carrinho está até hoje na lateral do meu carro.
2. Incentivar as pessoas a agirem incorretamente não é engraçado.
3. O resultado poderia ser pior que um simples risco ou amassado.
Semana passada fui fazer compras em um grande supermercado aqui em Campinas e me deparei com um situação parecida: vários clientes de cara amarrada por não encontrarem carrinhos disponíveis na área adequada tendo que "caçar" um vazio pelo estacionamento. Essas mesmas pessoas (tive a pachorra de esperar para ver) terminavam suas compras e largavam seus carrinhos ao lado do carro, geralmente atrapalhando o coitado do vizinho quando este tivesse que sair mais tarde.
Tudo seria muito mais simples se todos tivessem consciência e devolvessem o carrinho no lugar correto. Mas isso já é utopia.
Se não conseguimos pela boa vontade, que tal usar um pouco de criatividade ou mexer com o bolso das pessoas? Poderiamos usar o mesmo princípio utilizado nos grandes aeroportos americanos onde os carrinhos são presos a um dispositivo que somente os libera se você depositar um moeda. Se você largar o carrinho em qualquer lugar você perde sua moeda mas pelo menos ajuda a bancar alguém (o garoto dos carrinhos, por exemplo). Porque a moeda é devolvida se você devolver o carrinho ao dispositivo. Quem assistiu ao filme "Terminal", com Tom Hanks, deve ter notado que ele usa esse subterfúgio para conseguir dinheiro para comer.
Simples e prático. Como diziam os mais velhos, "se não for por amor que seja pela dor".
Algumas vezes a situação até seria engraçada se não fosse trágica. Finalizando, houve uma vez em que caminhava até o carro quando vi um senhor retirando suas compras ao lado da minha vaga. Ele terminou, olhou para os lados e empurrou o carrinho justamente para a frente do meu carro! Eu caminhei calmamente até onde estava o carrinho, movi o dito cujo para a frente do carro do citado senhor, cumprimentei-o e sai calmamente. Ele ficou vermelho como um tomate e não se moveu enquando eu não estava bem longe (vi pelo retrovisor). Ele podia ter ido dormir sem esse vexame.
Como dizem os cavalheiros: "Um tapa de luva de pelica doi muito mais que uma agressão física".
Um comentário:
Edson,além de bom observador e crítico,gosto de ver q vc dá sugestões p solucionar os problemas q surgem no nosso cotidiano.bjs e continue,amigo.
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